QUADRAS
SOLTAS (Dezoito)
Fingindo
que não me ama
Ela
diz que não me quer
Mas
quando vamos pra cama
Eu
sou homem, ela é mulher !
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Deixei
a vida me levar
Fui
ao encontro da morte
Foi
o que me fez pensar
Que
pobre, nunca tem sorte !
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Projetei
felicidade
Prós
dias de minha vida
Ó!
quanta contrariedade,
Quanta
lágrima sentida
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É
suplicando que peço
Que
voltes ao meu coração
Já
levei muitos tropeços.
Este,
não quero levar não !
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Eu
peço a Deus que não morra
O
amor que tenho por ti
Pois
se ele morrer, sei agora
Que
eu, também, morro por ti
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Na
soma dos desiguais
Uma
justiça capenga
Nas
hostes dos tribunais
Não
somos, mesmo iguais !
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Muito
riso, pouco siso
Chamado
de carnaval
Há,
é falta de juízo
Depravação
animal !
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Tem
coisas que a gente sente
Tem
coisas que a gente vê
As
da alma e do instinto
São
coisas para quem crê
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Espero
que a árvore das letras
Não
seque no meu jardim
Quero
falar outras tretas
Que
tenham princípio e fim !
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O
meu drama, é o teu drama
Pouco
dinheiro, muita luta
Vivemos
na mesma trama
Semelhante
a prostituta !
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Como
estava sem tempo
Não
via o tempo passar
Agora,
falta-me tempo
Pra
outro tempo encontrar
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Pensei
fazer uma trova
Sem
saber o que diria
O
meu joelho se dobra
Aos
pés da virgem Maria
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A
Virgem, Nossa Senhora,
Foi
a mãe que mais sofreu
Mesmo
sem ser pecadora
Seu
filho na cruz morreu
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Louvado
seja o que crê
Na
palavra do Senhor
Cristão
é o que tem Fé,
E
ora a Deus com fervor
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Mal
desponta a madrugada
O
sabiá vem me saudar
Tomo
banho, faço a barba
Ele,
não pára de trinar.
É
nesta selva de pedra
Que
ouço o sabiá cantar
Parece
que a fauna não medra
Mas
não pára de aumentar
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A
biodiversidade
Até
parece impossível
Mas
creiam, nesta cidade
Aumentando,
é incrível !
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Não
queiras dar, certamente
Conselhos
à minha vida
Se
a tua, constantemente
Vive
errante e destruída
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São
Paulo, 10/06/2014 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia –
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