Um
Trôpego Deficiente
A
noite era fria a fome estridente
Deambulando
um trôpego deficiente
Nos
sacos de lixo procurava um pão
Vendo-o
assim, condoeu-me o coração
Todos
que passavam fingiam não ver
É
triste a miséria, quão triste o dever
Deixar
na penúria quem clama amor
De
que serve a estrada ao Ser Superior
Se
quando pode praticar a caridade
Perde
o ensejo, perde a oportunidade
De
ajudar quem precisa a fome saciar.
Não
pode amanhã sua mágoa chorar
De
lida em lida a vida é transitória
A
rigor ela é a roda divisória
Que
girando dá mil voltas sem parar
E
em época vindoura pode desandar
E
ao corpo sem pão que a vida flagela
Dá
a pequena migalha tão singela
Que
representa amparo e carinho
Ao
desvalido com quem cruzas no caminho
O
amparo que tu dás será reconhecido
Não
ficarás na legião dos esquecidos
Quando
no além, ao grande além lá na altura
O
fiel da balança pesar tua figura !
São Paulo,
21/05/2009 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia
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