Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

segunda-feira, 6 de março de 2023

Um país igual ao nosso

Um país igual ao nosso

 

Um país igual ao nosso

Procurem. No mundo não há

Isto aqui é um colosso

Tudo, a mãe terra nos dá

 

Seria a maior potência

Se governado a rigor

- Mas temos de ter paciência

Se o vemos de mal a pior

 

Tempo das capitanias

Inda impera por aqui

Os cartórios serventias

Funcionam, estão aí !

 

As concessões de estradas

Rodovia imigrantes

Via Dutra, repassadas

Continuando tal qual antes

 

Demais estradas coitadas

Só buracos, nada mais...

Onde vidas são ceifadas

Conservações federais

 

Entrando lá no sertão

Quando a chuva dá sinal

Atola até caminhão

Verdadeiro lamaçal

 

Que é feito do IPVA

Dos milhões automotivos

E multas que inda nos dá

Quando somos atrevidos

É dinheiro que não vemos

Seu retorno em melhorias

Já que cada dia temos

Estradas sem serventias

 

Na Telefonia é igual

Dezenas de companhias

Sua tarifa é mortal

E inda cobram franquias

 

Vejam só que paradoxo

O telefone celular

Sem as linhas do ortodoxo

È mais caro de se usar

 

Tem gente enchendo a burra

Nas costas do brasileiro

Fazem do povo escurra

Não o fazem no estrangeiro

 

Aqui é tudo mais caro

Que nos Estados Unidos

... Nós somos um povo raro

Com grana até aos ouvidos

 

De sapatos a vestuário

Computadores e eletrônicos

Automóvel e utilitário

Têm preços astronômicos

 

Chego a crer ao final

Qu’ o Brasil é povo rico

Já que em paga é maioral

Ou seu burgo, é burrico !

 

Será que a culpa é do povo

Não acredito em tal

O pescador lança o covo

O comércio faz igual

 

Como entender afinal

Diferenças tão desiguais

Dinheiro forte o real

Como não vimos jamais

 

Sem poder culpar o câmbio

Quem será que paga o pato

Acho um ato mercenário

Não ter um preço barato

 

O salário aqui é baixo

Muito abaixo da razão

O povo anda cabisbaixo

Mal come ovo e pão

 

Se o povo ganha mal

Porque pagamos a mais

Estrutura social

Clamor de fogos vestais !

 

São Paulo, 21/02/2008 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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