O SALÁRIO NA CADEIA
Ganham mais na cadeia os bandidos presos
Que honestos trabalhadores a labutar
O auxílio-reclusão é de setecentos e dez
E o salário mínimo quinhentos e dez
O Dédalo da lei, cheio de venenos
Blasfema da sociedade que vivemos
Ao contemplar o facínora, a fera
Deixa ao desamparo a vítima que fizera
Você pode tirar a dúvida no site
previdência social conteúdo dinâmico
Não tem reajuste para os aposentados
Mas tem gordo salário para os safados
É um vaso cheio de venenos na estrada
Fantástica bandeira sem cor, sem mastro
Desfraldada em funerais e é bordada
No trilha do luto com sangue no rastro
Têm unhas polidas, no presente lugar
O trabalhador honesto, barriga vazia
Mãos calejadas, colchão de empalhar
Migalhas de pão aos filhos que cria
Que vil mutação o cenário redime
Aquele que trabalha expelindo suor
Tem paga menor que o preço do crime
Será que compensa ser trabalhador ?
São Paulo, 23/03/2010 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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