O jogo da vida !
No mar afogo a saudade
Ao vento lanço meus ais
Em ti, a minha amizade
Que cada dia cresce mais
Conheço a dor e a alegria
A felicidade, jamais
Se sou feliz por um dia,
No outro eu sofro mais
Arrisquei numa cartada
A decisão de uma vida
E na ambição desgraçada
Tive a esperança vencida
Feito pó, essência minha
Divaguei na solidão
Perdi mesmo o que não tinha
Só não perdi a razão
Vivi sonhos acordado
Vi o infinito sem fim
E no silêncio, cansado...
O que restara de mim !
Perturbado. Paz perdida
Ausente do corpo a alma
Nenhuma missão cumprida
Não há louros, nem há palma
Indago à minha essência
Uma sábia resposta
Se meu cérebro tem consciência
Da pobre matéria exposta
Perdido pelo destino
Perdi-me dentro de mim
Esgotado em desatino
De uma esperança sem fim
Minha sombra já não espera
Como esperava por mim
Terminou a primavera
Chegou o inverno por fim
Tudo era lindo e risonho
Como as flores do jardim
Agora tudo é medonho
Como medonho é o fim
Os mistérios deste mundo
Escondem enigmas mil
São um oceano profundo
Uma gruta, um covil
Pobre do homem que sonha
Na vida encontrar consolo
Só não tem regras a fronha
Onde descansa o miolo
Os jovens ficam *macróbios
Embora pensem que não
Viram a noite, são **licnóbios
Perdidos em confusão
O vil prazer, rende pouco
Logo se perde de mão
Por vezes lúgubre e louco
Deixa pranto e solidão
Desfaz-se o alento enfim
Nos sorrisos da ventura
Na vida tudo tem fim
Porque ela mesma... não dura !
São Paulo, 08/09/2009
Armando A. C. Garcia
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