NO PAÍS DA FANTASIA
De
todos os horrores que encontrei na vida
Justiça
deixa impune os que o país lesaram
Não
expropria os bens dos que do erário tiraram
-
Políticos que não ouvem o clamor na paliçada
Justiça,
dá indulto aos que cidadãos mataram
Saúde,
não atende o pobre do trabalhador
Mas
faz cirurgias aos que do sexo migraram
Educação,
eis o resultado... espelho do pior
E
neste quadro sombrio, perplexa a nação
Cresce
o crime e a droga, a enorme corrupção
Ninguém
sabe, ninguém viu, e perplexo
Sofre
o povo que só come pão e ovo no contexto
Ficando
à mercê da esperança, sempre prometida
Não
vê o dia da mudança, o dia da alforria
D’sair
do mínimo salário, da mísera economia
Que
mal cabe no bolso do país da fantasia
Transporte,
caminhamos por estradas esburacadas
De
avião, o perigo está no ar e nos aeroportos
Por
trem não há como viajar, estão parados, mortos
O
jeito é viajar pelos rios em botes ou jangadas
Segurança
Pública, deixa muito a desejar
Só
a antiga ROTA faz o crime e a droga acabar
O
Ministério Público deixa impune quem sabe roubar
Não
lhes expropria os bens e os deixa livres a passear
O
país está no caos, sem ordem, sem sintonia
O
crime avassala o lar, a escola o hospital
O
comércio se protege com segurança privada
Afinal
o que recebemos em troca é mera cortesia
Falta
água no nordeste e pão em todo lar
A
energia está cara, telefone é de amargar
Aluguel
e IPTU, ninguém pode suportar
Esse
tal de condomínio; não tem dia p’ra acabar
Horrores
que eu vos falo, todos vós bem os sentis
Sem
coragem de citá-los, vos calais e consentis
Nesse
contexto, tem muita gente, falando mentira
Perda
de valores perenes que a sociedade suspira
Onde
está a verdade? Onde está a mentira
Hoje
a arte é vendida a preço milionário
Disco
de CD chega a custar quarenta reais
Pouco
mais de dez por cento do mínimo salário
E
aqueles que migraram da mísera condição
Não
têm pejo, o preço não lhe queima a mão
A
inversão de valores envergonha a sociedade
Deveria
ser mentira, o pior é que tudo é verdade
O
que dirão nossos filhos e os filhos de nossos filhos
Que
ao tempo de seus avós, era lama e podridão
Os
tempos em que vivemos, os tempos que já lá vão
Será
assim que eles nos irão ver? será assim sua gestão?
São
Paulo, 20/08/2007 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia
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