NERO
Sonoras
gargalhadas inda se ouviam
Na
sinistra arena daquele tirano
Onde
feras famintas estraçalhavam
Seres
humanos que em instantes devoravam
Nos
horrendos sacrifícios se apinhavam
Multidões
para aplaudir o flagelo
No
espetáculo brutal e impiedoso
Na
arena, um ser humano desditoso
E
nos deleites do horrendo sacrifício
O
tirano degustava seus manjares
De
baco bebia em taças de cristal
Devorava
a comida, feito animal
E
de forma abrutalhada sem pudor
Com
requintes de maldade e estoicismo
Mandava
inocentes para a arena
Num
prazer escabroso de dar pena
A
cidade de Roma ardia em chamas
E
Nero, cantava e tocava sua lira.
O
filho do ex-imperador Cláudio matou
E
a morte de sua mãe, determinou
Que
mais devo dizer-vos do facínora
Figura
impiedosa, expoente do mal
Popéia,
sua mulher, grávida chutou
E
com esse chute no ventre a dizimou
A
um general deu ordem de se suicidar
Foi
um ditador cruel, sanguinolento.
-
Se a mãe Agripina mandou matar
Seu
fim, só poderia ser, se suicidar !
São
Paulo, 07/08/2008 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia
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