Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

terça-feira, 7 de março de 2023

KATRINA - TUFÃO DEVASSADOR !!!

KATRINA-

TUFÃO DEVASSADOR !!!

 

De repente a aragem branda e suave

Que por vezes trás o perfume das flores

Enfureceu-se e os ventos eram tais

Que varriam à sua frente os mortais

Num ímpeto cruel, de força grave

Rompendo duas barreiras. Os protetores.

 

Qual catástrofe bíblica o impacto Katrina

Que ao atingir Nova Orleans, provocou

Rompendo os diques do lago. Sua água

a cidade inundou, deixando luto e mágoa

O furacão devassador, fez tal chacina

Que já se fala em milhares aos que matou

 

Se certo ou não, tal não se sabe ainda

Os quantos lá morreram e, lá ficaram

Sobre as águas seus cadáveres boiavam.

De duzentos e quarenta quilômetros sopravam

Os ventos que atingiram e apavoraram

Louisiana, quando duas barreiras deram finda,

 

Ao lago Pontchartrain. Em tragédia maior

Não suportando o vendaval, tudo inunda

Fazendo grande estrago, derruba e mata

Ao seu furor, hoje a cidade é lama e nata

A que foi cidade do Jazz, tão fecunda

- Estava predestinada ao pior

 

A voz de Louis Armstrong já se calou

Mas na cidade que foi berço do jazz

Sua auréola na ruas, clubes se sentia

Nas batidas do jazz noite afora.

Debaixo d’água, a cidade está agora!

Silenciaram-se os clubes e a alegria...

 

Almas perdidas não mais sussurram à vida.

A dor da devastação o coração oprime

Tormenta, catástrofe que apavora

Na incerteza do amanhã, o povo chora

Milhares de pessoas a alma deprime

Sem norte ou direção a dar guarida

 

Na escala Saffir Simpson denominada

Quatro, foi a categoria que a atingiu

E o furor do vento era tamanho e tanto

Que fala-se em dez mil os vítimas do pranto

Um milhão de desabrigados conseguiu

E, outro tanto de deslocados, foi retirada

 

A quebra dos diques qu’a cidade protegia

do mar e do Missisipi. - Pouco restou,

o que sobrou, tornou-se território sem lei,

O homem não respeitava sua grei

Aviltou o pudor. Saqueava o que sobrou

Cada qual, defendendo-se como podia

 

Devemos considerar uma advertência

A catástrofe que sobre ela se abateu

E lembrar que em todas as partes do mundo

As forças da natureza vão a fundo

Tal o poder de quem as rege lá do Céu

O soberano Deus de amor e omnipotência.

 

S.P. 09/09/2005 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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