Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sábado, 20 de fevereiro de 2021

O tempo tudo consome

O tempo tudo consome

 

O tempo que tudo consome

Consumiu o nosso amor

Só uma coisa não consome

É esta minha grande dor

 

Ó tempo, em ti somos lava

Que o fogo logo devora

E tua adaga nos crava

Em ti, qualquer alma chora

 

Tu passas ninguém te vê

Vais queimando nossa vida

Só não queimas nosso Fé

Nessa tua louca corrida

 

A vida parece um sonho

Que mal se sente passar

Qual ilusão eu suponho

Que logo vemos acabar !

 

20-02-2021

Armando A. C. Garcia

Outras anteriores da minha lavra sobre o TEMPO

O Tempo


Inexoravelmente o tempo se esgota
Como a ampulheta que chega ao fim
A existência... não foi tesouro para mim
Não foi também uma grande derrota.

Boas lembranças rolam do coração
Guardo comigo o sol do primeiro amor
E se não fui mais feliz, o erro pior
Foi ter amado com tamanha paixão

Mas se acima da razão o amor podia
Me enganava na perdida confiança
Sem acreditar na súbita mudança
Que a jornada da vida me traria

O coração marcado de cicatrizes
Perde suas forças, sua esperança
Me restam as mágoas de lembrança
No turbilhão das horas infelizes


São Paulo, 15-04-2003

Armando A. C. Garcia

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O Tempo é Lento ou Veloz ?

Vejam como o tempo é lento
No sofrimento e na dor
Não gera o mesmo intento
Nas investidas do amor

O tempo é lento demais
Nas horas de agonia
Em proporções desiguais
Nas horas de alegrias

Vejam como se evaporam
As horas de felicidade
Contrárias às que devoram
O coração de saudade

Ó tempo! Porque castigas
Desta forma a humanidade
Mercê das coisas antigas
Adversas à mocidade

Ó tempo! Teus desvarios
Deixam lacunas na vida
Uns caminham por desvios
Outros na senda escolhida

Se o tempo tudo consome
Ele é o começo e o fim
Alfa e Omega, é a fome
Que ceifa a vida ao fim!

Ó tempo! Porque não deixas
Cada um escolher o seu
Não haveria mais queixas
As quais não chegam ao céu

Por isso finges sabê-las
Não dás trela p’ra ninguém
Estás nas coisas mais belas
E, nas mais feias também !

Ó tempo! Como és malvado
Não contemplas por igual
Uns só conhecem bom lado
Outros teu rigor do mal

Por isso que nesta vida
Tem tempo bom e ruim
E nunca está definida
E nem dosado teu fim

O tempo não volta a trás
O que passou já passou
É como fogo que jaz
Só cinza. O resto queimou

Tem tempo de nascimento

E o tem de vida e de sorte
A vida é só um momento
A eternidade a morte !


São Paulo, 16-10-2009

Armando A. C. Garcia
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Tempo na Vida

Quando o tempo em mim chegou
Sem licença se apossou
Dos dias de minha vida

Pouco a pouco, aqui ficou
Passou tempo, se hospedou
Sem nunca pedir guarida

Por prazer, ou ironia
Sua imensa ousadia
Eu, tive de suportar

Não sei qual foi o motivo
De passar pelo seu crivo
Sem consentimento ou razão

Eis que, ele foi ficando
E em mim se aninhando
Desgastou a minha vida

Atrevido e abusado
Sem pedido delicado
Mal chegou, se instalou

Não o pude mandar embora
E, o que eu faço agora
Desgastado, já no fim

Vou pedir que tome conta
Se a bagagem estiver pronta
Que não se esqueça de mim !

São Paulo, 20/04/2012

Armando A. C. Garcia

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