Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

" O mendigo "

 O mendigo

Passa gente a toda hora
Ninguém repara em ninguém
Sua fome já o devora
Ninguém lhe dá um vintém !

 

Resolve ir de porta em porta

Para não perecer de fome

Mas ao povo, pouco importa

Se a subnutrição o consome

 

O tempo chuvoso ou ao sol

Enfrenta de rosto aberto

E à tarde, ao arrebol

Busca um lugar coberto

 

Pra descansar da jornada

Muitas das vezes sem nada,

Para mitigar sua fome

Tem horas... que nada come

                                           

Se alguém pergunta seu nome

Diz já não se recordar

Os anos foram passando

Só mendigo.. ouve chamar

 

Agora nesta pandemia

Agravou-se muito mais

As portas onde batia

Não se abrem, nunca mais

 

A caminhada é dobrada

Na busca do alimento

Sua força foi minada

Pela falta de sustento

 

E já de idade avançada

Não tem outra solução

Senão continuar na estrada

Estendendo a sua mão

 

As entranhas consumidas

Pela grande privação

Vísceras, já corroídas

Nesse pobre ancião

 

Clama ele por alimento

Seja um pedaço de pão

Que lhe deia um alento

Sejas tu, um bom cristão !

 

Não teças comparações

Dá ao pobre a oblação

Porque de boas intensões

O inferno... tem montão !

 

14-01-2021

Armando A. C. Garcia

Visite meus blogs:

http://brisadapoesia.blogspot.com

http://criancaspoesias.blogspot.com

http://preludiodesonetos.blogspot.com

 

Direitos autorais registrados

Mantendo a autoria do poema – Pode compartilhar

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário