Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

terça-feira, 12 de agosto de 2014

As penas da vida



As penas da vida



Penas que flutuam no ar,

Das minhas são o inverso

Aquelas pairam no ar

Já estas, têm peso inverso.



As penas do meu penar

Pesam no pensamento

São como as ondas do mar,

Em constante agitamento.



Quem me dera não ter penas

E, nem ter porque penar

Tivesse, somente, apenas

Um coração para amar



Porque as penas mais pesadas

Nós temos que carregar

As das aves, aveludadas

São usadas para voar



Fossem plumas apenas

As penas do meu calvário

Não estaria na arena  

Tão triste e solitário



Não transformes minhas penas

Num rosário de penar

Elas, não são tão pequenas

Pra que as possas agrupar



Nos *interstícios das penas

Cheios de melancolia

Vivem as memórias apenas

**Magma da dor dos meus dias



Vento que sopras as plumas

Das penas das avezinhas.

Perdidas, como as brumas

Leva tu... também as minhas!



Este abstrato penar

Transcende a realidade

É como as areias do mar

Qu’a espuma, os pés vem beijar



* fenda; intervalo

**lava



São Paulo, 11/08/2014

(data da criação)

Armando A. C. Garcia



Obrigado por visitar meu Blog.

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