Capeta !...
Ó
tu! Que andas a esmo nas sombras oculto
Poque
não vens trazer à luz, tua sabedoria?
Acaso
é medo? Vergonha , ou cobardia !..
Ó
tu, que te dizes ser douto nas magias
E
vives à expensa de embustes e trapaças,
Não
adiante disfarçar, porque não disfarças.
Ó
tu, que no mal assentas teu reinado,
Num
poder ignóbil, sombrio, tenebroso,
Teu
vil caráter de um mortal vergonhoso.
Ó
tu, audaz capeta, vil salafrário,
Que
só na desgraça encontras tua ventura,
E
tua glória, na tua mísera diabrura.
Ó
tu, hei! ... ó vós, oh! Almas endurecidas,
Diabos.
Segundo a crendice popular,
Nunca
é tarde, vinde!... vinde!... Vamos orar.
São
Paulo, 25/06/1964 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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