Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

VEREDAS !

VEREDAS !

 

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei a felicidade

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei a alegria

 

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei o amor

Veredas percorri a vida inteira

Nenhuma tinha o cheiro da paz

 

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei sabedoria

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei a esperança

 

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei a coragem

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei o aconchego

 

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei a luz

Veredas percorri a vida inteira

Também não encontrei tranquilidade

 

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei a harmonia

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei o carinho

 

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei a força

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei a Fé


Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei a justiça

Veredas percorri a vida inteira

Muito menos, encontrei a verdade

 

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei prosperidade

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei a gratidão

 

Veredas percorri a vida inteira

Em atalhos e sendas me embrenhei,

Desconhecidas, incertas, alijadas

Malfadadas na louca caminhada,

 

Caminho certo, pensava percorrer

Imprecisões, equívocos do destino

Fazem a alma sublime se curvar

Às inúmeras curvas do percurso

 

E qual menino, receoso, amedrontado,

Desamparado, desprotegido pela sorte

Percorri todas as veredas sem vassalo

Aí eu vi, que sendo fraco, fui um forte !

 

Veredas percorri a vida inteira

Em nenhuma encontrei a justiça

Nem verdade, ou o suco da videira

Nem prosperidade; somente a liça

 

Nem a luz, a paz, ou a tranquilidade

A harmonia, o carinho ou a fé

Nem a esperanças, ou a felicidade

Porque estas, são nato de quem crê!

 

Solene resignação na pobre vida

Mesmo nas noites tristes, malfadadas

Que deslizam sutilmente na percorrida

Caminhada, por brenhas enluaradas !

 

12/12/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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