Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Não sei se ando, ou Se nado ...

Não sei se ando, ou Se nado ...

 

Não sei se ando, ou Se nado        

Este mar está agitado           

Rugem ondas a meus pés             

Ouço o som, nas galés  

 

No critério de julgar                    

Estão querendo-me culpar          

Haja bom-senso e razão       

Eu não sou o vil vilão  

 

Como quem espera alcança         

Não vou perder a esperança        

De alcançar o outro lado     

Não sei se ando ou Se nado         

 

Sei que nesta hipocondria         

O que o mundo diria                    

Das falas do meu passado            

- Um pigmeu enjeitado                

 

Não quero ver maculado

Meu currículo do passado                   

E quanto ao tempo presente

Deixem, eu ser presidente !         

 

Não culpem as minhas falhas

São sobejos, são migalhas           

Impossível, é me vencer !            

Vivam... deixem-me viver

 

Cautela, tomem cautela       

Com o fogo na panela                  

Pois ela pode estourar                 

E pode alguém machucar    

 

As sobras, os estilhaços

Podem vos quebrar os braços

Atingir entes queridos

Alguns mortos, outros feridos

 

Na cúpula deste Mavorte

Vence sempre o mais forte

E não há limitações

Nem vagas para os anões

 

Não sei se ando, ou Se nado

Vou permanecer aqui sentado

Quem não estiver satisfeito

Respeite o presidente eleito

 

De Justiça, nem falar

Pus mordaça em seu lugar

Fui da Arena Militar

Vós não me fazeis curvar !

 

Tremula minha bandeira

Onde houver uma trincheira       

Ao tempo da ditadura

Ser da Arena, era uma cura

 

Vejam minha biografia

Mais que um estilo, eu diria

Além de ser presidente

Na Academia permanente.

 

E vós pequenos mortais

No Se nado, nada mais

É de sarcasmo profundo

Vosso acervo tremebundo

                                                           

São Paulo, 11/08/2009 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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