Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

segunda-feira, 9 de março de 2015

Como precioso diamante ... Brasil!

Como precioso diamante
... Brasil!

Como precioso diamante
De um valor incalculável
É-nos desviado a jusante
Na filosofia *inoculável

A propagar-se por contágio
Em nosso meio cultural
Estranha forma de pedágio
Desta política nacional !

Não é novidade pra ninguém
Tão grande falta de estrutura
Motivo de estarmos aquém
De uma extremada cultura

O governo emite títulos
Na taxa de onze por cento ao ano
Para emprestar por capítulos
A seis por cento. Cinco, é dano

Na frágil contabilidade
De empréstimos às empreiteiras,
E em tamanha liberalidade
Faz limpa em nossas carteiras

Pra fazer obras, sabe aonde?
Em Cuba, Panamá, Uruguai
Argentina, Equador, Bolívia
Venezuela, Peru, uai ....

Moçambique, e Nicarágua
Nosso dinheiro, assim se esvai
Sem saber se ele tem retorno
E a perda na captação. Não cai.

Na teia de **peitas ou suborno
Dessas empresas geniais
Qu’deviam dar emprego no entorno
Mantendo no país os capitais

Ao invés disso, vão financiar
No exterior, com nosso capital
Onde perdemos cinco por cento
Entre captação e empréstimo

Sem saber se o nosso dinheiro
Voltará um dia pro Brasil
Bolívia, deu o golpe pioneiro
E mesmo assim, lhe fomos dúctil     

De Cuba, nem preciso falar
Por ser fruta da mesma uva
Sem retorno, por lá vai ficar
No ninho da formiga saúva

Os financiamentos são feitos
Pelo BNDS às empreiteiras
Pra fazerem obras noutros leitos
De camarilhas estrangeiras

Considerando a vulnerabilidade
Dos financiamentos concedidos
No calote não têm responsabilidade
Visam apenas, lucros auferidos

No país que desmandos consente,
Falta grana, que foi pro estrangeiro,
Na saúde e segurança, ausente
Na educação... um nevoeiro !

E desse desmando gritante
Será que um dia volta o dinheiro
Mui precioso e tão importante
Como a água, o é ao bombeiro

O dinheiro que o BNDS empresta
Deveria só ser para obras aqui
Fazê-las noutro país, não presta
Porque a conta, recai donde flui

Não tenho o condão de pitonisa
Mas o bilhão e seiscentos a Cuba
Eu digo, sem sombra de guisa
Será calote, que o governo entuba !

Descubra... de calote em calote       
Quem pagará a conta ao final,
Tu e eu, já sofreremos o bote
No intolerável imposto abissal

Estarrecedoramente se constata
A triste situação do país,
Está assando a nossa batata
... Pudemos tapar o nariz .

Coloquei gasolina, e pude ver
Alíquota d’imposto debitado
Quarenta e sete e noventa e três
Pagamos na nota, a cada vez

Que abastecemos o veículo,
Essa alíquota nos é cobrada
Mesmo que seja um triciclo,
Também ele, não tem escapada!

A minha alma caiu aos pés
Ao olhar a nota explicativa
Quarenta e sete e noventa e três
Pra pagar conta executiva

E viva o Brasil de arapucas
Que o povo, as contas pagará
Mas se ele entrar em sinucas
Logo, logo as amargará

O mesmo não acontecerá
Com os ilustres do Lava-Jato
Quem de nós viver, então verá
Eles são espertos que nem rato !

A exemplo, temos o mensalão
Quase todo mundo já na rua
Penso que compensa ser ladrão
Neste País da falcatrua !

*difundida; transmitida
**dádiva feita com o intento de subornar

São Paulo, 09/03/2015
Armando A. C. Garcia

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