Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sexta-feira, 17 de março de 2023

Ignóbil cobiça

Ignóbil cobiça


A Deus pedia perdão
Das demências nesta vida
Tinha sonhos de ilusão
Na matéria decaída

A vida passou dormindo
Na sombra da geração
Acordou, estava abrindo
A derradeira incursão

No sol divino da glória
Não purificou sua vida
Foi uma luta sem vitória
De ambição descomedida

Ignóbil manto da cobiça
O homem pisando a ralé
Insaciável injustiça
Fúria, de mui pouca fé

Para expurgar os abusos
Erros e iniqüidades
Mudou costumes e usos
P’ra enganar as divindades

Lava as sórdidas mentiras
Banha a alma em água benta
Ou roda na pomba gira
Sua capa pestilenta

Mostra-se ao mundo inteiro
Imune da podridão
Que nunca foi carniceiro
Nem gerou especulação
Nas sombras da vida dura
Vive na gruta sem luz
Não tendo fé, nem ternura
Afastou-se de Jesus

Confia aos fados mundanos
Que lhe dão poder na vida
E falsos bens soberanos
Deixando a alma esquecida

Insano mortal, insano
Agasalha no seu manto
Pobre coração humano
Ao qual não houve seu pranto

Devora com seu tormento
Os grilhões de seu desejo
Plasmam até pensamento
Mudanças não têm pejo

Longe da Pátria sagrada
Nas quimeras deste mundo
Sua vida foi talhada
Em fingimento profundo

Esquivou-se ao dom sagrado
Rendeu-se ao de *Minerva
Mas ao terminar seu fado
Mil horrores à sua serva

* Deusa da sabedoria

São Paulo, 25/09/2009 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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